Vivemos um momento de complexidade dentro da área educacional marcado por grandes transformações: uso da tecnologia, personalização do ensino, educação integral, novos formatos de avaliação, multidisciplinaridade,  interdisciplinaridade, mediação pedagógica, dentre outras tendências. O grande ponto é que por trás dessas tendências existe uma peça chave fundamental: o professor.
As universidades passam por um processo de transição para acompanhar esse novo cenário do mercado. Contudo, muitas vezes, ocorre uma desarticulação conceitual, entre o discurso e a prática. Assim, as instituições embalam um discurso moderno dentro de práticas tradicionais. Isso ocorre porque as pessoas são as grandes responsáveis pela implementação da estratégia da organização e se elas não cumprem esse papel é preciso entender onde está o ruído nesse processo.
Os professores por muito tempo assumiram o papel de “detentores do conhecimento”. Contudo, atualmente na sociedade do conhecimento, as fontes de produção do conhecimento se multiplicaram. Hoje o conhecimento é um recurso flexível e fluido, que transcende o espaço educacional. Assim, o professor também precisa atuar de forma diferente, saindo da posição de especialista e atuando como um mediador de aprendizagem. Os professores precisam ensinar seus estudantes a aprenderem e tomarem iniciativas. É papel do professor dar (ou ainda melhor, construir junto com aluno) significado ao conteúdo estudado.  A aprendizagem significativa é aquela que envolve o aluno como pessoa.  E ainda, é  preciso aproximar o professor de ambientes profissionais. Assim, as competências necessárias para o professor de hoje são diferentes das que existiam anteriormente.
Nesse cenário, podemos perceber três grupos de professores. Os que estão na “zona de conforto” e não querem mudar sua forma de trabalhar. Os que estão na “zona de pânico” e até querem mudar, mas sentem-se paralisados diante de tantas mudanças. E aqueles que estão na “zona de tensão”, ou seja no espaço criativo e transformador necessário para se adaptar as mudanças. Infelizmente, o que podemos notar é certa predominância dos professores na área de conforto ou de pânico.
O ponto central é que, nesse novo cenário, o setor educacional precisa evoluir em termos do profissionalismo na gestão de pessoas. É preciso apoiar o professor a sair da zona de pânico, questionar a zona de conforto e impulsionar a zona de tensão. A implementação de programas de coaching ajudam nessa transformação. O conceito de competência é um dos grande norteadores das políticas atuais de gestão de pessoas. As pessoas atuam como agentes de transformação de conhecimentos, habilidades e atitudes em competência entregue para a organização. Também temos um cenário complexo que envolve um saber combinatório, ou seja, a capacidade de a pessoa perceber as transformações no ambiente e suas novas exigências e, a partir daí, mobilizar adequadamente seu repertório e/ou buscar ampliá-lo. Temos um caminho de mão dupla, os professores precisam se desenvolver, mas universidades e escolas também precisam fornecer uma base de apoio para isso.
Cada instituição de ensino deve ter clareza de quais são as competências centrais do seu negócio e posteriormente desenvolve-la junto ao quadro de colaboradores.  As escolas e universidades precisam implantar ferramentas já consolidadas no mundo organizacional para percorrerem essa nova jornada. Os professores serão apoiados nesse processo se passarem por processos de feedback, mapeamento de perfil e construírem com seus gestores seus planos de desenvolvimento individual.
Enquanto nada for feito de forma efetiva e consistente com os professores, corremos o risco de termos instituições com discursos modernos, mas que na prática não se transformaram. E essa incoerência certamente afetará a imagem institucional das organizações e também o clima organizacional. E como dizia Paulo Freire, é fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.
Nós da Oficina, acreditamos que essa transformação é possível e construímos soluções que apoiam o desenvolvimento dos professores dentro das instituições. Entre em contato conosco e entenda como a oficina pode desenvolver um programa de desenvolvimento para os professores da sua instituição de ensino: http://oficinadaestrategia.com.br/contato/