Muitas empresas investem em pesquisas para a coleta de informações estratégicas para a sua operação, mas é comum que o processo não evolua muito quando os resultados estão em mãos. É que nem sempre se cria um plano de ação adequado a partir dos dados coletados, o que praticamente anula a utilidade da pesquisa, jogando pela janela todo o investimento dedicado a ela.
E não é só isso: o desenvolvimento desse plano de ação deve levar em consideração vários fatores, principalmente o perfil da empresa em que o plano será aplicado. Dependendo da cultura organizacional e do DNA desta empresa, a perspectiva sob a qual as ações são planejadas pode mudar consideravelmente.
Continue lendo e saiba como desenvolver um plano de ação com o perfil da sua empresa e transformar os dados coletados nas pesquisas em ações concretas e frutíferas:
Plano de ação: determinando metas e objetivos
Existe sempre um motivo pelo qual empresas encomendam pesquisas de mercado. Esse motivo é, normalmente, uma necessidade ou um problema que deve ser solucionado, o que já nos dá uma excelente dica de onde começar.
Da mesma forma, um plano de ação precisa ter objetivos, que representam o que a empresa deseja atingir; pode ser a redução de custos, aumento do ticket médio, multiplicação da receita, aumentar satisfação dos cliente, melhorar o reconhecimento de marca, avaliar o clima organizacional, entre muitos outros.
Para chegar a esses objetivos, são traçadas metas, ilustradas por indicadores a serem atingidos que demonstram a evolução de determinada operação. Ao desenvolver seu plano de ação, tenha sempre os objetivos e metas da empresa como orientação, alinhando essas ações com os resultados que se espera delas.
Esses indicadores podem ser de vários tipos. Por exemplo, indicadores de marca, como índice de satisfação dos clientes, índice de reconhecimento de marca; indicadores sociais, como menções positivas e negativas na imprensa e redes sociais; Indicadores de RH, como absenteísmo, clima organizacional e turnover (rotatividade de funcionários).
Identificação das rupturas
As rupturas são pontos em que a sua operação pode ser mais eficiente, e normalmente são falhas de processos internos ou em políticas corporativas que abrem caminho para imprevistos e problemas operacionais.
Bons planos de ação são criados a partir da identificação de rupturas com o auxílio dos dados captados na pesquisa, e atuam mitigando essas falhas para que os processos funcionem de maneira mais eficiente e produtiva.
Por exemplo, por meio da jornada do cliente, é possível mapear todos os pontos de contato do cliente com a marca e assim identificar onde está o gargalo de um índice de satisfação baixo. Nesse contexto, a empresa pode atuar de forma mais assertiva no plano de ação.
Delineando ações e seus responsáveis
Você já deve ter reparado em sua vida profissional que tarefas sem um responsável bem definido acabam sendo deixadas de lado, exatamente porque não têm alguém que preste contas a respeito do seu andamento — e que garanta seus resultados.
Para cada ação a ser tomada, defina um ou mais responsáveis por ela. Defina também como a demonstração de resultados deve ser realizada; normalmente isso é feito em reuniões mensais ou quinzenais, de acordo com as características de cada atividade. Ao final de cada projeto de pesquisa, é interessante formar um grupo de trabalho e um painel de indicadores para acompanhar a evolução de um plano de ação.
Cronograma e recursos
Bons planos de ação têm duas coisas em comum: definem prazos para a conclusão de cada tarefa e cria mecanismos para que esses prazos sejam cumpridos a contento.
Além disso, a alocação de recursos deve ser realizada nessa etapa, a fim de que não existam motivos para que as ações do plano não sejam cumpridas. A partir da projeção de custos, é feito o dimensionamento de verbas, identificando os profissionais a cargo do controle desses investimentos.
KPIs e cultura organizacional
Quando se fala em imprimir o perfil da sua empresa no plano de ação, a intenção é deixar claro que esse plano deve ser feito de acordo com as características da cultura organizacional. A empresa tem uma abordagem conservadora ou agressiva diante da concorrência? Seu diferencial é a qualidade ou o preço baixo? Busca redução de custos ou investe para ampliar sua fatia de mercado?
Responder a esse tipo de pergunta ajuda a alinhar o perfil da empresa que deve ser aplicado ao plano de ação em forma de indicadores-chave de desempenho, os chamados KPIs (key performance indicators). Esses indicadores devem ter algumas características: ser facilmente compreendidos por todos os colaboradores da empresa e apontar claramente a evolução da companhia rumo aos seus objetivos.
E lembre-se de nada adianta investir em pesquisa se nada for feito com ela. O plano de ação é a ferramenta que transforma a pesquisa em ação e assim permite um verdadeiro desenvolvimento da empresa. Mensurar todo ano um índice de satisfação e não fazer nada entre um ano e outro para aprimorá-lo é perder tempo e dinheiro.
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