Algo bem recorrente no mundo empresarial é a presença de múltiplas gerações dentro de um mesmo ambiente. Elas apresentam diferentes características que ressaltam cada perfil no local de trabalho.
Hoje, mais do que nunca, esse choque de gerações pode e deve ser utilizado a favor da empresa, uma vez que as gerações são complementares entre si. Se os gestores forem capazes de promover uma integração eficiente entre todos os colaboradores, todos serão muito mais produtivos. Uma boa gestão consegue usar esse cenário de múltiplas gerações como uma grande vantagem competitiva para construção de maior capital intelectual para a organização.
No post de hoje, trazemos dicas para lidar com os diferentes tipos de colaboradores. Acompanhe!
Entendendo as qualidades de cada geração
Antes de avaliar o choque de gerações, é necessário entender o contexto e as características de cada geração. Veja agora um resumo das 4 gerações presentes no mercado de trabalho atual:
Baby-Boomer
Nascidos no período pós-segunda guerra mundial, entre meados dos anos 40 e 60, são ou os mais velhos e experientes de seus cargos ou já estão aposentados, atuando muitas vezes como consultores. Costumam se identificar muito fortemente com seu trabalho e sua empresa, tornando isso parte de si mesmos. E como já viram muita coisa ao longo de suas vidas, têm maiores chances de enxergar as consequências de cada ação em longo prazo. Esse grupo pode contribuir com a experiência de já ter atuado com diferentes cenários e contextos e assim já desenvolveram uma elevada curva de aprendizagem.
Geração X
Os imediatamente mais novos que os baby-boomers, nascidos dos anos 60 até os 80, herdaram a filosofia de que, com bastante trabalho, teriam um gramado verde e estável para se apoiar no fim de suas vidas. Porém, por já terem visto o sucesso de seus antecessores, a busca por esse lugar mais alto se tornou uma forte ambição. Um X evita ativamente zonas de conforto, tentando fazer algo que ninguém fez e exigindo reconhecimento por suas conquistas. De todos, é a que sentiu o choque de gerações com mais intensidade, pois logo foi seguida por outra tão ambiciosa quanto, que lhe mostrava grande concorrência. Esse grupo pode contribuir em um ambiente organizacional cultivando valores como a determinação e foco na obtenção de resultados.
Geração Y
Nascidos de meados dos anos 80 até final dos 90, eram até pouco tempo atrás os mais jovens membros do mercado de trabalho. Caracterizados pela sua agressividade e imediatismo, dispensam organizações burocráticas ou excessivamente hierárquicas. Mesmo respeitando a experiência de seus antecessores, acreditam que talento nato pode surgir e superar meios tradicionais e/ou calculados de ação. Feedback constante é uma lei entre estes profissionais. Essa geração pode apoiar com a sua facilidade em transitar por diversos temas e também com sua facilidade com a tecnologia. Além disso, pode trazer maior leveza para o ambiente de trabalho quebrando o paradigma de que o trabalho deve ser sempre algo árduo e difícil.
Geração Z
Recém-chegados ao choque de gerações, os também conhecidos como iGeneration ou Centennials são aqueles que já nasceram no século 21, vivendo numa era já tomada pela internet e pela tecnologia. Mais do que todos, eles são imediatistas. Quando um Z diz “agora”, ele quer que já tenha acontecido. Ainda é raro ver a Geração Z trabalhando, pois a maioria ainda é bem jovem, mas já existem alguns aprendizes espalhados pelo mundo. O desafio aqui é maior para a área de recursos humanos que deverá desenhar novas estratégias para atrair esses talentos.
O choque de gerações como algo produtivo
Ter essas diferentes qualidades presentes no ambiente de trabalho proporciona várias oportunidades de aumentar a eficiência da equipe. O primeiro passo para lidar com todos é fazer com que se entendam, promovendo debates, reuniões e outras formas mais organizadas de discutir ideias. A fim de otimizar o trabalho entre gerações em sua empresa, é importante tentar sempre driblar os ruídos de comunicação no ambiente de trabalho e aplicar metodologias para isso em sua rotina.
Uma boa forma de começar a entender o choque de gerações especificamente no seu ambiente é fazer pesquisas de opinião. Pergunte a cada funcionário suas ambições, seus objetivos de curto, médio e longo prazo, como ele lida com seus colegas de trabalho, entre outras coisas relevantes. Isso ajudará a traçar um perfil comum entre todas as gerações, dando um ponto sólido em que trabalhar ações de integração. Talvez um funcionário da faixa etária de um Y se encaixe mais nos padrões da geração X, o que muda seu local nessa estatística. Vale lembrar, que não podemos considerar apenas a faixa etária como um elemento determinante da geração, mas sim, o padrão de comportamentos adotados pelas pessoas.
Você já teve de lidar com o conflito de gerações na sua empresa? Conseguiu utilizar cada qualidade a seu favor ou ainda tem alguma dúvida sobre como fazê-lo? Deixe um comentário com seu relato ou dúvida!