Todo profissional que trabalha com Marketing, em algum momento, se questiona sobre o resultado efetivo que suas decisões trazem para o negócio. Isso quando tal questionamento não vem de outras áreas. Algumas empresas nem investem em marketing. Não conseguem traduzir o investimento em resultado…

Será que se tivéssemos investido o valor da verba de marketing na equipe comercial não teríamos vendido mais no ano? Será que o resultado da pesquisa realmente traduz a realidade da empresa? Será que o retorno de 3% na ação de marketing direto foi um o bom resultado? Será, será, será…..
O que as pessoas muitas vezes não se dão conta é do papel agregador e integrador das funções de Marketing. Parte da explicação para este fato vem do formato com que o nosso mercado acabou se organizado. Agências de propaganda, agências de marketing direto, agências on-line, agências de redes sociais, enfim uma infinidade de ações segmentadas voltadas para atingir o mesmo consumidor final. O mercado organizado em especialistas perde a visão do todo e, principalmente, perde a simplicidade necessária para o entendimento de comportamentos.

A extrema segmentação oferece a técnica para a execução das atividades, mas não consegue fazer a conexão do todo. Assim como os profissionais envolvidos. Não é a toa que, conforme relatado por Walter Longo e Zé Luiz Tavares, no livro O Marketing na era do Nexo, há uma percepção de que, dos 100% do valor investido em marketing, mais de 30% são desperdiçados.
É neste cenário que muitas empresas do setor estão buscando se reinventar. As consultorias voltadas para o planejamento estratégico de marketing entendem a comunicação como o elo final do processo. Tudo precisa estar amarrado, desde a visão e missão da empresa, seus objetivos empresariais, até chegar no mix de marketing.

Desta forma as decisões mais operacionais do marketing: canal de comunicação ideal, formatos, conteúdo, fazem conexão com o todo, facilitando a tomada de decisão e zelando para que todas as ações sigam convergentes e sinérgicas.
Para a execução de um bom planejamento, a coleta de informações e análise são pré-requisitos de sucesso. A marca de uma empresa se relaciona com diversos públicos. Precisamos entendê-los; suas semelhanças, suas diferenças.  Ao realizar um levantamento de dados, quanto mais diversos os contatos, maiores as chances de se obter uma visão 360 grau da empresa e suas relações.

Assim, as funções do planejamento de Marketing quebram fronteiras antes muito bem delineadas dentro das organizações, e começam a esbarrar em funções de Recursos Humanos, Desenvolvimento Organizacional, Segurança do Trabalho, Qualidade, entre outras. O Clima Organizacional pode estar diretamente relacionado com as ações da empresa no mercado. Talvez seja necessário desenvolver um programa de Endomarketing para estimular a mudança de um comportamento interno relacionado a Segurança no Trabalho.

Enfim, como sugerem os autores de O Marketing na era do Nexo: “se antes o objetivo fundamental em marketing era vender e criar imagem, ele hoje assume funções muito mais múltiplas e variadas: convencimento, alinhamento, engajamento, acompanhamento, esclarecimento e envolvimento.”