A proposta do dia internacional da mulher foi iniciada na virada do século XX, durante o processo de industrialização e expansão econômica, que levou a grandes protestos sobre as condições de trabalho. As mulheres empregadas em fábricas de vestuário têxtil foram protagonistas de um desses protestos em 08 de março de 1857 em Nova Iorque. O protesto requeria melhores condições de trabalho e salários mais altos.

A idéia de se criar o “Dia Internacional da Mulher” surgiu em 1910, durante uma conferência internacional de mulheres realizada em Copenhagen, na Dinamarca. A proposta de homenagear, no âmbito mundial, os movimentos feministas foi aceita por unanimidade pelas mais de 100 mulheres de 17 países que participavam do evento.

De lá para cá, a mulher foi ganhando cada vez mais espaço na nossa sociedade. Apesar de ainda ter uma faixa salarial abaixo dos homens para cargos similares, elas já ocupam posições de gerência, diretoria e presidência nas grandes empresas. Aos poucos, elas foram substituindo o esteriótipo de “donas de casa”pelo de executivas de sucesso.

No inicio de 2008 foram noticiados diversos estudos sobre intenção de compra e índice de venda no comércio, elaborados por institutos como o IBGE (Instituto  Brasileiro de Geografia e Estatística) e o Provar (Programa de Administração do Varejo).

Baseados nesses dados e no visível domínio feminino atual, conclui-se que as mulheres, agora, decidem a grande maioria das compras – do vestuário aos aparelhos eletrônicos – indo até à aquisição de imóveis. Elas são responsáveis  pelas compras de toda a família, e a empresa que se atentar a esse público, que vai além do “cor-de-rosa”, terá destaque em sua estratégia. Em números, as mulheres respondem por 94% do mobiliário doméstico, 45% dos carros novos, 92% dos pacotes de viagens e 88% dos planos de saúde.

Em todas as situações elas têm um enorme poder de decisão na compra. Por sua própria natureza, as mulheres são também grandes compradoras por causa de sua capacidade de atenção pulverizada. Enquanto o homem é focado e provavelmente sai para comprar como quem sai para caçar – tendo um alvo só em mente -, a mulher tem um comportamento mais extrativista, mais de coleta, o que a leva a sair em busca de muitas coisas por ter também um espectro maior de interesses, como beleza, saúde, casa, filhos e até as necessidades do marido. São poucos os homens que compram para suprir necessidades da mulher, mas são muitas as mulheres que compram para suprir necessidades do homem. Daí seu extraordinário poder de compra e consumo.

Nesse sentido, quando pensamos no planejamento de marketing e comunicação que tem as mulheres como público-alvo, devemos nos atentar para alguns pontos:

• Informações Detalhadas
Mulheres apreciam a possibilidade de experimentar e comparar produtos e serviços antes de fazer a compra.

• Produtos sob medida
Nem sempre modelos de produtos bons para o homem servem à mulher. É preciso valorizar as características físicas femininas e os gostos estéticos.

• Mais humor na propaganda
Mesmo temas como sexo podem ser abordados, desde que não deslizem para conotações pornográficas. Elas preferem comerciais com enredos sutis.

• Praticidade
Em vez de qualidades técnicas dos produtos, as campanhas devem explorar os benefícios práticos que facilitam a rotina das consumidoras.

• Autenticidade
A consumidora tende a rejeitar mensagens evasivas e carregadas de clichês, como a de Amélia.

Dada a importância do papel da mulher no mercado consumidor atual, é fundamental que as empresas e os profissionais conheçam melhor o comportamento do público feminino e se adaptem às necessidades e exigências destas consumidoras, para obterem melhor sucesso em suas estratégias de marketing.