O mercado está cada vez mais concorrido e os consumidores cada vez mais exigentes. E com o advento das redes sociais, que facilitou a interação entre pessoas, criou-se uma necessidade de aproveitar esse engajamento espontâneo também no mercado.

Então, para atender a esta demanda, os autores Krishnarao Prahalad e Venkat Ramaswamy, em seu livro The Future of Competition (2004) propuseram a chamada cocriação. Quer conhecer mais sobre esse conceito e saber como ele tem a ver com o seu negócio? Confira o post de hoje e saiba mais!

O que é cocriação?

Cocriar significa criar em conjunto. Trata-se, simplesmente, de um esforço das empresas em incluir seus consumidores nos processos de criação, desenvolvimento e adaptação dos produtos e serviços. Mais comumente, esse processo se dá no âmbito virtual da internet, em espaços nos quais os consumidores são convidados a expressar suas opiniões e suas necessidades.

Trata-se da premissa do marketing em sua mais pura forma. No livro Administração de Marketing (2000), Philip Kotler definiu que

Marketing é um processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm o que necessitam e o que desejam com a criação, oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros.

Portanto, podemos dizer que a cocriação é entender as reais necessidades do consumidor, considerando a expressão de seus desejos e organizando essas demandas para viabilizar o seu atendimento.

Como funciona o processo?

O processo de agregar valor ao produto – e, consequentemente, à empresa – por meio da cocriação é, de fato, muito simples. Basta disponibilizar um ambiente no qual as pessoas podem dizer livremente o que desejam daquele produto. A parte mais difícil é organizar os insights de milhares de pessoas para consolidar um produto real.

De forma resumida, esse processo pode ser desenvolvido em três modalidades:

  • Para consumidores, em que a criação é feita pela empresa com base em informações coletadas dos clientes;
  • Com consumidores, em que os consumidores participantes são envolvidos no processo, principalmente nos testes;
  • Por consumidores, em que há a participação ativa dos consumidores na criação, desenvolvimento ou aperfeiçoamento dos produtos desde o início do processo.

Qualquer uma destas três modalidades são muito bem vistas pelos consumidores. Isso porque uma das mais básicas motivações do ser humano é a necessidade de ser aceito, compreendido e reconhecido.

Quais as principais dificuldades?

As duas principais dificuldades com as quais uma empresa pode se deparar ao propor um processo de cocriação é lidar com a barreira do não saber, em que há limitações cognitivas dos consumidores para proposição de ideais, e com a barreira do não querer, na qual há indisposição do público-alvo em contribuir para o projeto. Por isso, essa proposta, ainda que muito benéfica, deve ser bem analisada e estruturada.

E por que a cocriar é benéfico?

Propor a cocriação é benéfico para a empresa por valorizar seus consumidores. Além de reforçar os laços com seu público, o produto tenderá a ser mais assertivo se bem apoiado nas opiniões e demandas expressadas. Em suma, é exatamente conhecer seus clientes para suprir as necessidades deles com o valor agregado de fazer com que o consumidor final reconheça a valorização de sua participação naquele projeto.

Um case de muito sucesso foi a proposta da Fiat Automóveis de cocriar o carro do futuro. Com lançamento inicial no Brasil em 2009 e participação de mais de 17 mil pessoas do mundo inteiro, o projeto reuniu cerca de 11 mil ideias e resultou em um carro conceito apresentado em 2010.

Contudo, tal ação não se restringe às grandes marcas. As pequenas e médias empresas têm vantagens na adoção deste tipo de projeto devido ao público menor e a proximidade maior com seus consumidores. E elas não precisam quebrar a cabeça com o processo. A Oficina da Estratégia dá todo o suporte na execução destes projetos!

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